Ah, dou de cara, novamente, com o velho bloqueio. Um grande muro em erosão feito de símbolos, palavras e sentimentos de memória curta e desencaixada.
Nada me deixa mais perdida nesse mundo. Não consigo escrever. Escreverei sobre não conseguir escrever, portanto.
Os dias estão calmamente iguais, o temperamento controlado (malditos remédios, malditas férias) , acho que essas coisas não colaboram para desencadear de um diálogo íntimo.
As cortinas estão frouxas e empoeiradas, os atores ainda estão de ressaca do ano novo, desequilibrados, maltrapilhos, lindos, mumificados. Acho que o teatro é que está precisando de reformas. Não conseguirei nada sem situar as palavras em um ambiente, criar um cenário para acomodá-las, um berço para criar os monstros das relatividades.
Não, não vou pegar no livro que estava lendo, vai que eu acabo escrevendo no jeito do cara. Melhor eu cá, ele lá, cada um com a sua capa.
Dedos gelados...Um pouco de Brandy, talvez para ruborizar minha cara de merda. Nada... Perdi meu traço, que perfil eu faço? Cadê meu cigarro?
Não tenho personagens, nem posso brincar grotescamente de possuir múltiplas personalidades, Pessoa era bom nisso, não de forma grotesca, é claro...
Ah, que pobreza de criatividade, como a dos filmes pornográficos!
Vou acabar contaminando quem lê, que Deus os guarde, que dele já me esqueci.
Para onde é que íamos mesmo?
Nada me deixa mais perdida nesse mundo. Não consigo escrever. Escreverei sobre não conseguir escrever, portanto.
Os dias estão calmamente iguais, o temperamento controlado (malditos remédios, malditas férias) , acho que essas coisas não colaboram para desencadear de um diálogo íntimo.
As cortinas estão frouxas e empoeiradas, os atores ainda estão de ressaca do ano novo, desequilibrados, maltrapilhos, lindos, mumificados. Acho que o teatro é que está precisando de reformas. Não conseguirei nada sem situar as palavras em um ambiente, criar um cenário para acomodá-las, um berço para criar os monstros das relatividades.
Não, não vou pegar no livro que estava lendo, vai que eu acabo escrevendo no jeito do cara. Melhor eu cá, ele lá, cada um com a sua capa.
Dedos gelados...Um pouco de Brandy, talvez para ruborizar minha cara de merda. Nada... Perdi meu traço, que perfil eu faço? Cadê meu cigarro?
Não tenho personagens, nem posso brincar grotescamente de possuir múltiplas personalidades, Pessoa era bom nisso, não de forma grotesca, é claro...
Ah, que pobreza de criatividade, como a dos filmes pornográficos!
Vou acabar contaminando quem lê, que Deus os guarde, que dele já me esqueci.
Para onde é que íamos mesmo?
Um comentário:
Acho que um dos maiores tóxicos para a criatividade é a ansiedade, o desejo de sucesso e, por consequência, o medo do erro. Quando se livra da ansiedade de ter sucesso, ou se arroga a certeza dele a criatividade volta a fluir.
O que talvez explique a falta de humildade de muitos artistas. :-D
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