Como começar? De repente - nem tanto assim - dirigindo e já com certa parcela de intolerância às coisas do cotidiano, que ninguém que eu conheça realmente mereça - mas que acontece com a grande maioria - ouvindo música... veio a idéia, ou melhor, a música!
Resolvi começar falando nem de mim, nem de ninguém, mas talvez um pouco de todo mundo. Ainda está meio confuso, eu sei. Mas vamos lá... as idéias brotam e os dedos não acompanham...
Tem uma banda que eu curto muito, muito mesmo. E uma das coisas que eu acho mais interessante nessa banda, é como ela - como muitos a descrevem e por isso também não a curtem - consegue ser pesada em suas letras, "deprê" no popular. Mas o que eu gosto, é como ela consegue falar da realidade - porque pode ser pesado, pode ser triste, depressivo, ou qualquer outro adjetivo que queiram adicionar aqui - mas é realista. E junto a esse realismo ela inclui uma dose ou de sarcasmo ou de euforia, mas junto a letras profundas simplesmente vem um som leve e divertido. Se você focar na letra é uma sensação, na sonoridade outra... nem parece uma música só.
Acho que se focar nas duas verá a grande realidade que vivemos, como grandes coisas não têm valor e coisas sérias passam desapercebidas aos olhos de muitos; são comuns ou simplesmente não são seu problema. Mas estão lá... e com o tempo passam a fazer parte do dia a dia de todos - envolvidos ou achando-se que não.
E o interessante é isso. Como conseguimos transformar as coisas de acordo com o que queremos ver, como que queremos que sejam, ou simplesmente com o que damos conta de enfrentar.
É mais fácil conviver com certas coisas, repetidamente, quase que num ritual cego de desviar do que simplesmente fazer algo a respeito. O egoísmo impera e a frieza, que já virou há muito um embotamento afetivo - porque a própria emoção não parece presente - sente-se em casa e bastante à vontade.
Mas enfim, eis a letra, fica mais fácil entender o que procuro expressar:
Até eu mesma já me habituei a algumas coisinhas hehehe
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Vida Diet - Pato Fu
Composição: John Ulmoa
A gente se acostuma
Com tudo
A tudo a gente se habitua
E até não ter um lugar
Dormir na rua
A tudo a gente se habitua
Me habituei ao pão light
À vida sem gás
O meu café tomo sem açúcar
E até ficar sem comer
Sem te ver
A gente custa mas se habitua
Sem giz, sem água
Sem paz, sem nada
Não vai ser diferente
Se eu me for de repente
Se o céu cai sobre o mundo
E o mar se abrir em um
Inferno profundo
Se acostumou sem querer
Ao salto alto
Salário baixo, à vida dura
E até ficar sem tv
É bom pra você
Televisão ninguém mais atura
Sem giz, sem água
Sem paz, sem nada
Não vai ser diferente
Se eu me for de repente
Se o céu cai sobre o mundo
E o mar se abrir em um
Inferno profundo
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Ai, gente, parabéns pelo blog, é isso ai, tá massa
Mulherada, arrasou! São estilos bem próprios e os três muitíssimo bons! continuem postando, vou acompanhar com certeza. Beijos.
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