Hoje eu vou falar de mulheres!
Vou falar das mulheres que admiro, de suas dores, de sua coragem.
Não vou gastar meu tempo, seu tempo, falando das mulheres que envergonham o espírito feminino, mas sim, daquelas que todos os dias o elevam.
O difícil não é ser mulher, não é se adquear a um mundo ainda machista ou lidar com os outros. O difícil talvez seja mostrar que as mulheres são diferentes sim, mas que isso não as diminui em nada. E que cada característica desse feminino que aparenta tanta fragilidade, mas possui tanta força, é uma característica a qual se orgulhar. Pois sentir além do que parece possível, pois representar a leveza da vida, o arquétipo da emocionalidade e do lúdico, enfim, não há nada mais belo. E a praticidade, a objetividade e racionalidade? Não estamos nada longe de aprendê-las, pelo contrário, muitas convivem com elas há muito tempo. Podemos norsperder, quem nunca se perde? Mas o importante é que nos encontramos.
Há mulheres que se negam, que se adequam, que se sentem inferiores. Há mulheres que vivem, que batalham, que reconhecem seus valores e não se diminuem. A mulher deve ser bela e não me refiro externamente; ela precisa ter alma de criança, a eterna criança que se permite viver, só assim consegue ser feliz.
Na psicologia junguiana falamos em arquétipo feminino e masculino, e em suas energias correspondentes. Tanto homens como mulheres possuem os dois, mas em níveis diferentes. Cada um fala da essência do homem e da mulher, mesmo ambos coexistindo . A energia masculina (animus) se orienta por metas e tem a força de vontade de avançar para realizá-las. Experimenta a excitação de novos modos de se conduzir e o contínuo surgimento de novas energias. Sustenta a tensão perfeita entre um ponto de vista firme e a entrega às forças femininas criativas interiores. Insemina e libera a criatividade do feminino.
O feminino (anima), por sua vez, contém a animalidade primordial. Conhece as leis da natureza e coloca-as em prática com implacável justiça; vive no agora eterno. Possui um ritmo próprio e mais lento que a energia do masculino. O feminino encontra o que lhe é significativo e brinca. Pode trabalhar com afinco, mas a atitude é lúdica, pois ama a vida.
Então vemos que as mulheres tem sua energia masculina, mas sua essência feminina as torna quem são, quando respeitada.
Acredito que toda mulher tem uma alma terna, uma alma felina e uma alma de criança também. Uma ternura matriarcal que as fazem querer o bem e fazer o bem a seus protegidos. Ah sim, elegemos protegidos, e como se fôssemos responsáveis por eles, tomamos suas dores, suas raivas e suas felicidades. Mas temos nosso lado individualista, felino, que quer desbravar o desconhecido e provar suas potencialidades. Que se rebela e luta se necessário. Então, quando cansamos, nossa criança apenas pede o colo tão merecido, tão desejado. Nesses momentos voltamos a ser livre, leves, bobas, alegres.
Dedico essa poesia a essas mulheres maravilhosas, em especial a essas duas que dividem esse espaço comigo e que trazem a beleza de quem são em seus olhos. Aliás, acredito que cada uma delas, assim como cada uma das belas e fortes mulheres do mundo, um dia já desejou e talvez até tenha tentado, abraçar o mundo. Porque isso talvez façaparte dessa natureza leve, doce, matriarcal, rebelde, felina e criança da mulher. ;)
ABRAÇANDO O MUNDO
Eu queria poder envolver
o mundo com meus braços
Agarrá-lo com todas as minhas forças
e não deixá-lo jamais escapar
Queria poder gritar e expressar
o calor dentro de mim
o fervor, a inquietude
Exteriorizar o que sempre procurei esconder
Chega de pudor, de perder, de temer
A hora é de buscar os sonhos
esquecidos, perdidos, abandonados
De vencer os medos; o momento é de ousar
Quebrar as barreiras e gritar ao mundo
Eu quero ser OUVIDA, VIVIDA, USADA, AMADA
Uma mulher livre, liberta, libertada, libertária
O meu lado bela, o meu lado fera
E ai de quem não gostar
Eu quero não me lixar
Eu quero ser eu e mais nada.
27.05.02 - luaazul_
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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2 comentários:
De Mário Quintana
O mundo delas
" Que importa o asfalto, o cimento Isso tudo?! As meninazinhas sempre saem da escola correndo descalças sobre a relva..."
Dea,
Amei o texto e a homenagem, dentre as mulheres que conheço vc é uma das únicas que ao mesmo tempo tem força, graça e sensibilidade, parece meio peiegas, mas é a verdade!
Te lo digo: sos una persona requetebuena! Te quiero mucho! Besos!
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